Era ela, ali, naquele quarto, naquela cama. Nas horas mais inapropriadas. Na hora em que o desejo batia à porta. Ela a olhava, e isso bastava. Ainda era claro e ela não se deixava casta. Ela a pegava pela mão e a cama rangia enquanto tentava controlar seus gemidos. Não importava se tinha alguém do lado de fora. Ela trancava a porta. O desejo incontrolável que a invadia e a contaminava. Por ela. Ao olhar nos olhos, ao despirem uma à outra, beijá-la na boca, passar as mãos pelas suas costas lânguidas e abraçá-la ao redor das pernas. Sempre da forma mais pura. O suor, o calor, o cheiro, o coração pulsante, o desejo, o amor; e a vontade de tê-la e movimentar o sangue fervente. Cada toque, palavra, movimento. Ali, naquela cama. Pela sede do eterno ela sussurrava: e se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas te desejarei um pouco mais.
m.butterfly.
02.02.12
Nenhum comentário:
Postar um comentário