Aqui passam dias longos e áridos e as palavras me chegam aos poucos.
Dando voz na carne ao que está travado na garganta.
Caminho na rua , penso no escuro dos olhos
quando ela me abriu seus porões.
Porões destrancados sem estrondo, liturgia do avesso.
Dizei uma só palavra e minha alma será para sempre lançada
no abismo do seu corpo.
E me entregarei sem escudo à maré que me espreita no escorrer das horas.
m.butterfly
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